Painéis solares HJT, TOPCon e PERC instalados em campo sob luz do sol intensa, mostrando detalhes das células solares em painel ultra-detalhado

Nos últimos anos, três siglas ganharam destaque nas rodas de conversa de quem decide investir em energia solar: HJT, TOPCon e PERC. Cada uma dessas tecnologias transformou a forma como coletamos energia do sol, mas as diferenças reais nem sempre ficam óbvias de primeira. E, quando pensamos em projetos de grande escala, onde cada detalhe faz diferença ao longo dos 25 anos de vida útil de um sistema, a escolha do painel não pode ser chutada. Mas afinal, qual delas realmente entrega mais energia, principalmente em diferentes países e climas?

No Centro Brasileiro de Energia Solar, acompanhar essas evoluções faz parte do nosso compromisso diário. A seguir, veja de perto como essas tecnologias se comportam de forma prática – e surpreenda-se com alguns resultados.

Um panorama das tecnologias: HJT, TOPCon e PERC

Todas foram criadas para extrair mais energia do mesmo sol, mas cada uma chega lá por caminhos diferentes.

  • PERC: Sigla para Passivated Emitter and Rear Cell. A evolução do padrão, PERC envolve uma camada que ajuda a captar mais luz refletida, ampliando a quantidade de energia gerada. Popular pelo baixo custo inicial, está nas fazendas solares de diversos países.
  • TOPCon: Tunnel Oxide Passivated Contact. Apresenta uma camada extra para otimizar o contato elétrico e minimizar as perdas nos módulos, melhorando a performance – principalmente em temperaturas médias.
  • HJT: Heterojunction. Une silício cristalino e camadas finas de silício amorfo, oferecendo ganhos em retenção, melhor resposta a altas temperaturas e muito mais energia gerada – especialmente em locais quentes.

Parece detalhe, mas, em grande escala, causam diferença real ao final de décadas.

Testes reais em cenários globais

Uma análise feita em 21 países, simulando o ciclo de 25 anos dos painéis, trouxe respostas concretas. Foram avaliados desde desertos a cidades frias, com sol forte ou neve, mostrando que, embora todas as tecnologias avancem, há um salto significativo para quem opta pelo HJT.

Comparação de painéis solares instalados lado a lado Resultados surpreendem: até 6,54% a mais de energia com HJT em regiões quentes.

Os números falam por si:

  • Em comparação com o PERC, o HJT gera entre 4,37% e 6,54% mais energia ao longo de 25 anos.
  • Contra o TOPCon, o ganho do HJT é de 1,25% a 3,33% – e isso se amplia em regiões de calor intenso.
  • Painéis PERC, embora eficientes no início, degradam mais com o tempo quando expostos ao calor e à radiação UV elevada.

Em países como Brasil, Índia e Emirados Árabes, onde o calor castiga, a vantagem do HJT é ainda mais marcante.

Coeficiente de temperatura: como o calor interfere

Nem todo mundo sabe, mas a performance dos módulos solares cai à medida que a temperatura sobe. O chamado coeficiente de temperatura mede quanto de potência se perde a cada grau Celsius acima da referência (normalmente 25°C).

  • HJT: perde apenas -0,24%/°C
  • TOPCon: em torno de -0,30%/°C
  • PERC: cerca de -0,34%/°C
Quanto menos perder por grau, maior será o total de energia gerada ao longo do ano.

Exemplo? Em Abu Dhabi, onde a temperatura ultrapassa facilmente os 40°C, o ganho anual do HJT salta mais de 6% em relação ao PERC e se aproxima de 3% acima do TOPCon. Já em Harbin, na China, em condições frias, a vantagem existe, mas é menos gritante.

Fator bifacial: aproveitando o reflexo

O fator bifacial mostra quanto os painéis conseguem captar não só do sol direto, mas também da luz refletida do chão e do ambiente. Maior porcentagem? Maior a energia colhida. Veja:

  • HJT: até 85%
  • TOPCon: na faixa dos 80%
  • PERC: raramente acima de 70%

Esse detalhe faz muita diferença em grandes usinas, principalmente as instaladas sobre superfícies de alta reflexão, como areia clara ou telhados industriais. E o melhor: quanto maior o índice bifacial, mais difícil será desperdiçar aquele sol lateral, principalmente nos primeiros e últimos momentos do dia.

Você pode ver a importância desse fator em análises mais profundas, como neste conteúdo sobre tecnologia solar.

Retenção de energia e degradação ao longo do tempo

Todos os painéis solares perdem um pouco de sua habilidade de gerar energia com o passar dos anos. O termo técnico é degradação anual. E, honestamente, é o número que todo investidor deveria perguntar antes de fechar negócio.

Depois de 25 anos, a energia retida por cada tecnologia costuma ser:

  • HJT: retém até 92% da energia inicial
  • TOPCon: cerca de 89,4%
  • PERC: normalmente 87,2%
A diferença de 4,8 pontos percentuais entre HJT e PERC pode parecer pequena, mas na escala de uma usina gigante, vira muito dinheiro e menos dor de cabeça em manutenção.

No Centro Brasileiro de Energia Solar, um dos temas que mais debatemos com clientes é justamente esse: o custo invisível da degradação ao longo do tempo. Afinal, escolher agora um módulo que perderá menos energia pode ser o que evita um futuro repleto de trocas e preocupação.

Esse tema é destrinchado, com exemplos práticos, em nosso guia completo sobre energia solar.

Exemplos práticos: harbin e abu dhabi

Vamos aos números reais observados em duas usinas experimentais:

  • Harbin (região fria, China): Mesmo em baixas temperaturas, o HJT entregou entre 2% e 4% mais energia que o PERC, e manteve a liderança sobre o TOPCon.
  • Abu Dhabi (região muito quente): Aqui, a diferença é ainda mais marcante: HJT chegou a gerar 6% mais energia que o PERC e 3% acima do TOPCon, comprovando que o calor amplifica a vantagem técnica do HJT.

Esse padrão se repetiu em outras regiões, ajudando integradores e investidores do Centro Brasileiro de Energia Solar a tomar decisões mais embasadas, considerando o clima local e o horizonte de longo prazo dos investimentos.

Usina solar em Abu Dhabi com painéis HJT Breve comparação: vantagens e limitações

  • PERC: preço inicial mais baixo, mas sofre mais com altas temperaturas e degradação ao longo dos anos.
  • TOPCon: intermediário; avanço relevante sobre o PERC, mas ainda perde terreno para o HJT em calor extremo.
  • HJT: entrega mais energia, sofre menos com calor e degrada menos – porém tende a custar mais na compra inicial. O retorno, no entanto, justifica esse investimento extra em muitos cenários.

Vale frisar: cada projeto é único. O correto é ajustar a escolha ao clima local, finalidade do sistema e orçamento disponível. No Centro Brasileiro de Energia Solar, nossos especialistas partem desses dados e da realidade concreta dos clientes para apontar o melhor caminho em soluções solares.

Qualidade e referência internacional: risen energy

Grandes estudos do setor utilizam módulos de referência mundial como os fabricados pela Risen Energy. Ao acompanhar as inovações e os resultados dessas soluções, conseguimos trazer para o Brasil o que há de mais avançado, integrando novas tecnologias ao nosso portfólio para garantir máximo retorno aos investimentos.

Este é um tema presente também em discussões estratégias do Centro Brasileiro de Energia Solar, nos nossos guias de tecnologias como inversor híbrido solar e nos estudos sobre fontes renováveis no Brasil.

Conclusão

Depois de tudo isso, fica claro que a tecnologia HJT leva vantagem na geração total de energia, principalmente em regiões mais quentes e ao longo de 25 anos de operação. O TOPCon ocupa uma posição intermediária, oferecendo boa performance, mas o PERC, apesar do apelo inicial pelo custo baixo, pode trazer menos energia ao fim do ciclo, além de maior degradação.

Se você está pensando em investir, seja em projetos residenciais, comerciais ou grandes usinas, vale conversar com um especialista do Centro Brasileiro de Energia Solar para traçar a melhor estratégia para seu perfil, sua cidade e seu horizonte de investimento. Conheça nossas soluções inovadoras e descubra como podemos ajudar a transformar sua relação com a energia. Seu próximo passo começa agora.

Perguntas frequentes

O que é tecnologia HJT?

HJT, sigla para Heterojunction Technology, é uma tecnologia de fabricação de painéis solares que combina silício cristalino com camadas finas de silício amorfo. Essa união maximiza a conversão de energia, reduz perdas elétricas e torna os módulos mais resistentes a altas temperaturas, garantindo maior geração de energia, principalmente em climas quentes.

Qual a diferença entre HJT, TOPCon e PERC?

A principal diferença está na construção das células e na resposta a condições ambientais. O PERC adiciona uma camada para captar mais luz, mas sua performance cai mais com o calor. O TOPCon aprimora o contato elétrico e melhora em relação ao PERC, mas ainda apresenta degradação superior ao HJT. Já o HJT combina materiais para entregar mais energia, melhor resposta térmica e menor perda ao longo dos anos.

Qual tecnologia gera mais energia solar?

De acordo com pesquisas, os módulos HJT geram de 4,37% a 6,54% mais energia em relação ao PERC e de 1,25% a 3,33% na comparação com o TOPCon, principalmente em regiões quentes. Por isso, HJT ocupa o topo quando o objetivo é o máximo de energia entregue ao longo dos anos.

Qual painel solar dura mais tempo?

Os módulos HJT apresentam menor taxa de degradação, mantendo cerca de 92% da energia inicial após 25 anos. Em comparação, TOPCon mantém 89,4% e PERC, 87,2%. Isso faz dos painéis HJT os mais duradouros nesse aspecto.

Vale a pena investir em HJT hoje?

Investir em HJT pode ser interessante principalmente para projetos em locais quentes ou para quem busca o máximo de geração ao longo do tempo, reduzindo custos com manutenção e trocas futuras. Embora o preço inicial seja geralmente maior, a energia extra gerada e a menor degradação tendem a compensar o investimento no horizonte de 25 anos.

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